Sol ofuscante que inunda todo o universo com Teus raios, abre o Lótus do meu coração diante de Tua Luz, eu Te imploro, ó Arunachala! V.27
Ali (no coração) repousas tranquilamente! Deixa-me submergir no Teu mar de alegria...
terça-feira, 28 de junho de 2011
segunda-feira, 27 de junho de 2011
Tara
Prece diária:
"A natureza fundamental de minha mente é pura.
Dentro de mim existe uma fonte inexaurível de amor, sabedoria e poder.
O propósito de minha prática espiritual é revelar e fazer contato com esta fonte.
Quando a minha ignorância é removida, surgem a compaixão, sabedoria e poder ilimitados.
É o meu condicionamento mental que limita a compreensão de quem eu sou.
Vou limpar a minha mente de falhas e desenvolver qualidades benéficas.
Assim, removo os obstáculos do meu caminho e crio condições benéficas.
Reconhecendo a interconexão de tudo,
Eu me esforçarei para ser o meu melhor
e manifestar o meu potencial de iluminação.
Sempre dedicando ao benefício de todos os seres."
Eu pensarei, falarei e agirei como Tara. SOHA
OM TARE TUTARE TURE SOHA .
OM MANE PADME HUM
domingo, 26 de junho de 2011
Vem,
Te direi em segredo
Aonde leva esta dança.
Vê como as partículas do ar
E os grãos de areia do deserto
Giram desnorteados.
E os grãos de areia do deserto
Giram desnorteados.
Cada átomo
Feliz ou miserável,
Gira apaixonado
Em torno do sol.
Feliz ou miserável,
Gira apaixonado
Em torno do sol.
Ninguém fala para si mesmo em voz alta.
Já que todos somos um,
falemos desse outro modo.
Já que todos somos um,
falemos desse outro modo.
Os pés e as mãos conhecem o desejo da alma
Fechemos pois a boca e conversemos através da alma
Só a alma conhece o destino de tudo, passo a passo.
Fechemos pois a boca e conversemos através da alma
Só a alma conhece o destino de tudo, passo a passo.
Vem, se te interessas, posso mostrar-te.
Desde que chegaste ao mundo do ser,
uma escada foi posta diante de ti, para que escapasses.
Primeiro, foste mineral;
depois, te tornaste planta,
e mais tarde, animal.
Como pode isto ser segredo para ti?
uma escada foi posta diante de ti, para que escapasses.
Primeiro, foste mineral;
depois, te tornaste planta,
e mais tarde, animal.
Como pode isto ser segredo para ti?
Finalmente, foste feito homem,
com conhecimento, razão e fé.
Contempla teu corpo - um punhado de pó -
vê quão perfeito se tornou!
com conhecimento, razão e fé.
Contempla teu corpo - um punhado de pó -
vê quão perfeito se tornou!
Quando tiveres cumprido tua jornada,
decerto hás de regressar como anjo;
depois disso, terás terminado de vez com a terra,
e tua estação há de ser o céu.
decerto hás de regressar como anjo;
depois disso, terás terminado de vez com a terra,
e tua estação há de ser o céu.
Não durmas,
senta com teus pares
senta com teus pares
A escuridão oculta a água da vida.
Não te apresses, vasculha o escuro.
Os viajantes noturnos estão plenos de luz;
não te afastes pois da companhia de teus pares.
Não te apresses, vasculha o escuro.
Os viajantes noturnos estão plenos de luz;
não te afastes pois da companhia de teus pares.
Faltam-te pés para viajar?
Viaja dentro de ti mesmo,
e reflete, como a mina de rubis,
os raios de sol para fora de ti.
Viaja dentro de ti mesmo,
e reflete, como a mina de rubis,
os raios de sol para fora de ti.
A viagem conduzirá a teu ser,
transmutará teu pó em ouro puro.
transmutará teu pó em ouro puro.
Sofreste em excesso
por tua ignorância,
carregaste teus trapos
para um lado e para outro,
agora fica aqui.
por tua ignorância,
carregaste teus trapos
para um lado e para outro,
agora fica aqui.
Na verdade, somos uma só alma, tu e eu.
Nos mostramos e nos escondemos tu em mim, eu em ti.
Eis aqui o sentido profundo de minha relação contigo,
Porque não existe, entre tu e eu, nem eu, nem tu.
Nos mostramos e nos escondemos tu em mim, eu em ti.
Eis aqui o sentido profundo de minha relação contigo,
Porque não existe, entre tu e eu, nem eu, nem tu.
Oh, dia, levanta! Os átomos dançam,
As almas, loucas de êxtase dançam.
A abóbada celeste, por causa deste Ser, dança,
Ao ouvido te direi aonde a leva sua dança.
Ontem à noite, confidencialmente, eu disse a um velho sábio:
- Não me esconda nada dos segredos do mundo!
Muito docemente, ele me disse ao ouvido:
- Chut! Podemos compreender, mas não exprimir!
As almas, loucas de êxtase dançam.
A abóbada celeste, por causa deste Ser, dança,
Ao ouvido te direi aonde a leva sua dança.
Ontem à noite, confidencialmente, eu disse a um velho sábio:
- Não me esconda nada dos segredos do mundo!
Muito docemente, ele me disse ao ouvido:
- Chut! Podemos compreender, mas não exprimir!
Quero fugir a cem léguas da razão,
Quero da presença do bem e do mal me liberar.
Detrás do véu existe tanta beleza: lá está meu ser.
Quero me enamorar de mim mesmo, ó vós que não sabeis!
Quero da presença do bem e do mal me liberar.
Detrás do véu existe tanta beleza: lá está meu ser.
Quero me enamorar de mim mesmo, ó vós que não sabeis!
Eu soube enfim que o amor está ligado a mim.
E eu agarro esta cabeleira de mil tranças.
Embora ontem à noite eu estivesse bêbado da taça,
Hoje, eu sou tal, que a taça se embebeda de mim.
E eu agarro esta cabeleira de mil tranças.
Embora ontem à noite eu estivesse bêbado da taça,
Hoje, eu sou tal, que a taça se embebeda de mim.
Ele chegou... Chegou aquele que nunca partiu;
Esta água nunca faltou a este riacho
Ele é a substância do almíscar e nós o seu perfume,
Alguma vez se viu o almíscar separado de seu cheiro?
Esta água nunca faltou a este riacho
Ele é a substância do almíscar e nós o seu perfume,
Alguma vez se viu o almíscar separado de seu cheiro?
Se busco meu coração, o encontro em teu quintal,
Se busco minha alma, não a vejo a não ser nos cachos de teu cabelo.
Se bebo água, quando estou sedento
Vejo na água o reflexo do teu rosto.
Se busco minha alma, não a vejo a não ser nos cachos de teu cabelo.
Se bebo água, quando estou sedento
Vejo na água o reflexo do teu rosto.
Sou medido, ao medir teu amor.
Sou levado, ao levar teu amor.
Não posso comer de dia nem dormir de noite.
Para ser teu amigo
Tornei-me meu próprio inimigo.
Sou levado, ao levar teu amor.
Não posso comer de dia nem dormir de noite.
Para ser teu amigo
Tornei-me meu próprio inimigo.
Teu amor me tirou de mim.
De ti, preciso de ti
Noite e dia, eu queimo por ti.
De ti, preciso de ti.
De ti, preciso de ti
Noite e dia, eu queimo por ti.
De ti, preciso de ti.
Não posso dormir quando estou contigo
por causa de teu amor.
Não posso dormir quando estou sem ti
por causa de meu pranto e gemidos.
Passo as duas noites acordado
mas, que diferença entre uma e outra!
por causa de teu amor.
Não posso dormir quando estou sem ti
por causa de meu pranto e gemidos.
Passo as duas noites acordado
mas, que diferença entre uma e outra!
Não temos nada além do amor.
Não temos antes, princípio nem fim.
A alma grita e geme dentro de nós:
- Louco, é assim o amor.
Colhe-me, colhe-me, colhe-me!
À noite, pedi a um velho sábio
que me contasse todos os segredos do universo.
Ele murmurou lentamente em meu ouvido:
- Isto não se pode dizer, isto se aprende.
Não temos antes, princípio nem fim.
A alma grita e geme dentro de nós:
- Louco, é assim o amor.
Colhe-me, colhe-me, colhe-me!
À noite, pedi a um velho sábio
que me contasse todos os segredos do universo.
Ele murmurou lentamente em meu ouvido:
- Isto não se pode dizer, isto se aprende.
A fé da religião do Amor é diferente.
A embriaguez do vinho do Amor é diferente.
Tudo que aprendes na escola é diferente.
Tudo que aprendes do Amor é diferente.
A embriaguez do vinho do Amor é diferente.
Tudo que aprendes na escola é diferente.
Tudo que aprendes do Amor é diferente.
- Vem ao jardim na primavera, disseste.
- Aqui estão todas as belezas, o vinho e a luz.
Que posso fazer com tudo isso sem ti?
E, se estás aqui, para que preciso disso?
- Aqui estão todas as belezas, o vinho e a luz.
Que posso fazer com tudo isso sem ti?
E, se estás aqui, para que preciso disso?
* Jalaluddin Rumi * |
sexta-feira, 10 de junho de 2011
O Equívoco Essencial
Por que será que sempre estamos buscando alguma coisa? Por que, não importa o momento, o lugar ou com quem estejamos, estamos sempre com algum desejo a ser realizado? Por que existe dentro de cada um de nós essa inquietude nata? Essa necessidade de realizações, de consagrações, de reconhecimento, de emoções fortes?Na verdade, a questão básica é, por que sempre queremos o que ainda não temos? Por que nunca estamos satisfeitos plenamente com nossas vidas? Por que sentimos a ausência de tantas coisas? Às vezes sentimos a ausência de coisas que nem sabíamos que existiam a pouco tempo atrás (ex: Telefone Celular).
Essa busca constante ocorre devido a um equívoco básico, o fato de acharmos que somos incompletos e limitados. De acharmos que a felicidade (ou tristeza) está no mundo, nos acontecimentos da vida, nos objetos, nas pessoas e não dentro de nós. Nós realmente acreditamos que felicidade é um estado mental que ocorre devido a algum evento prazeroso, quando conseguimos realizar algum desejo. Que a felicidade está diretamente associada a pessoas, objetos, poder, dinheiro e prazer. E que a tristeza, ao contrário, é um estado mental que ocorre por causa de um evento indesejado ou diferente do que esperávamos, onde o objeto ou pessoa que possui a felicidade não nos é concedido.
A realização dos desejos não traz felicidade! Mas em geral achamos justamente o contrário. Sempre colocamos uma condição para sermos felizes.
Por exemplo, quando eu me formar eu ficarei feliz. A formatura vai chegando perto, e o objetivo muda, agora você quer arrumar um emprego. Chega o tão esperado dia da formatura e você até fica feliz, mas é uma felicidade passageira e com muito menos intensidade do que você imaginava que seria a alguns meses atrás. Pois agora o desejo é por arrumar um trabalho, ou quem sabe fazer uma pós-graduação. E então você arruma um emprego. Mas ele muito braçal, você pode fazer muito mais que isso. Tem que sair tarde todo dia do escritório e ainda por cima ganha pouco. Você deve ficar feliz devido ao emprego por umas 2 semanas no máximo. Pois agora, você quer ser promovido ou arrumar um emprego melhor. E assim vai...
Sempre que alcançamos um objetivo, a felicidade é breve e rapidamente nossa mente arruma outro para perseguirmos. E assim os anos passam, com breves momentos de felicidade e uma busca constante, uma preocupação constante. Nunca estamos relaxados, satisfeitos com nossa condição. E o mais engraçado é que mesmo com esse ciclo acontecendo incessantemente, não nos damos conta disso. Continuamos achando que os desejos é que trazem a felicidade e por isso continuamos a persegui-los.
Isso sem falar naqueles desejos que ao serem realizados, ao invés de nos sentirmos felizes, nos sentimos mal. Pois achamos que não foi da forma como esperávamos, que poderia ter sido melhor, que nos esforçamos tanto e ninguém reconheceu nosso mérito, etc, etc, etc.
Como é possível perceber, a felicidade não está fora de nós, não está na realização de nossos anseios. Na verdade o que ocorre é justamente o contrário. Ficamos felizes quando conseguimos esquecer de nós mesmos, esquecer de todos os desejos que ainda não realizamos, esquecer de todas nossas aspirações e do esforço necessário para atingi-las. A felicidade é um atributo essencial nosso! Não um atributo inerente aos objetos, pessoas e situações que desejamos. Nós só não sabemos disso... E principalmente só nos permitirmos desfrutar dessa nossa qualidade essencial quando nos esquecemos de nossa vida, quando estamos apenas presentes, aproveitando cada momento.
A tristeza, por outro lado, ocorre justamente quando um evento aguardado tem um resultado que não queríamos e isso nos faz lembrar de todos os nossos outros desejos, de quantas coisas ainda queremos e do esforço que teremos que fazer por eles. E ao mesmo tempo nos faz considerar a possibilidade de estes também não serem realizados.Quando nos lembramos de nós mesmos e todas nossas vontades a realizar, ficamos tristes.
Sei que ao ler isso pela primeira vez é realmente difícil de levar a sério. O que vem a mente é: tá bom, se a felicidade está dentro de mim e não nos objetos, por que todo mundo que eu conheço pensa como eu e busca a felicidade nas realizações da vida? Por que não somos todos felizes então?
Como foi dito, não somos felizes sempre, justamente porque não sabemos disso e ficamos projetando nossa felicidade nos objetos, pessoas e situações desejadas. É apenas por ignorância que vivemos nessa busca constante pela felicidade.
Para tentar deixar isso um pouco mais claro creio que um exemplo ajude: uma música que você adora. Sempre que ouve essa música, você fica feliz. Pra você essa música é sinônimo de felicidade. Se a felicidade não está dentro de você e sim no mundo externo, neste caso específico na música citada, todos que ouvirem essa música devem ficar felizes também, certo? Se a música é que tem a qualidade da felicidade e não você, esta qualidade (da felicidade inerente) deve se expressar para qualquer um que a ouça. Faz sentido, não? Mas no caso da música, é fácil reconhecermos que não é assim que a banda toca. O que é música boa pra mim e traz a sensação de felicidade, pode ser o oposto para você.
Quando eu ouço uma música do Jack Johnson (ex: F-stop Blues), lembro do surf e fico feliz. Já outra pessoa pode lembrar da viagem que fez com a ex-namorada (que ele ainda gosta) pra saquarema e isso o deixa triste. Essa mesma pessoa, que agora fica triste agora, ficava super feliz ao ouvir essa música, pois além de lembrar do surf, lembrava desse momento tão agradável com a (na época) namorada amada. Este exemplo mostra que até o sentimento que um objeto ou situação (neste caso a música) te trás muda com o tempo, deixando ainda mais claro ainda que a felicidade não é um atributo do objeto e sim seu.
Tudo bem, já dá pra entender que a felicidade não é um atributo inerente aos objetos, mas ainda não há certeza sobre o fato de que minha natureza é a felicidade e principalmente, de que só fico feliz quando esqueço de mim mesmo. Na verdade quando esqueço do que acho que sou. Vamos tentar clarificar este ponto.
Mesmo num daqueles dias, em que tudo dá errado, você esperava que algo muito bom fosse acontecer e que acontece justamente o oposto. Mesmo num dia desses, quando você está no meio de uma reunião e alguém conta piada realmente engraçada, daquelas curtas que não é preciso muito raciocínio, você irá rir. Não importa os outros problemas, naquele momento você esquece deles e ri. De fato se sente bem. Ou melhor, se num dia desses, você sai do trabalho e vai beber para afogar as mágoas. Chegando lá você encontra um velho amigo que não a vê há muito tempo e então vocês resolvem sair pra conversar melhor e curtir como nos velhos tempos. Pronto, a tristeza se foi. Foi só se esquecer do que estava acontecendo que você fica feliz. Tudo bem, é verdade que no dia seguinte a tristeza virá aumentada pela ressaca, mas naquele noite você esteve feliz, pois esqueceu de si mesmo. Ao menos, esqueceu do desejo não realizado que te deixava triste.
É justamente por este fato, de ficarmos felizes quando esquecemos de nós mesmo que a sociedade atual tem tantas atrações que nos ajudam esquecermos de nossas vidas. Os esportes radicais, cinema, televisão, jogos, shows, etc. Todos eles fazem tanto sucesso, pois prendem sua atenção de tal forma que te fazem esquecer da vida. Eles são tão intensos, com tanta informação que não há tempo para pensar em mais nada, você fica imerso naquele mundo e esquece de si mesmo. Mas é importante notar aqui que essa felicidade que surge quando esqueço de mim mesmo, também é devido a ignorância do que sou essencialmente. E é justamente devido ao fato de não ser possível nos mantermos muito tempo sem lembrarmos de nós mesmos (do que achamos que somos), que essa felicidade (fruto do equívoco essencial) é tão fugaz. Vai embora de forma tão rápida, quanto veio.
Agora vamos analisar a questão essencial. O que você realmente quer na vida? É ser feliz, certo? E se alguém te perguntar (o gênio da lâmpada, por exemplo), você quer ser feliz hoje ou amanhã? A resposta mais provável seria: hoje, amanhã e depois de amanhã, quero ser feliz todos os dias. A pergunta seguinte seria, você quer ser feliz na sua casa ou fora de casa? E a resposta: em casa e fora de casa, quero ser feliz em qualquer lugar. E por fim, você quer ser feliz com sua família ou com seus amigos? Quero ser feliz com minha família e com meus amigos, quero ser feliz com qualquer pessoa ou coisa.
Em resumo, você quer ser feliz, independente de tempo, espaço, pessoas e objetos. Se esse é o seu desejo mais essencial, então só pode haver uma solução para esta equação: a felicidade tem que vir de você mesmo. A única coisa que está sempre presente contigo, não importa o lugar, tempo, pessoas e objetos é a sua consciência. É você mesmo. Como já dizia Bob Marley: ‘You’re running, and you’re running, and you’re away, but can’t run away from yourself’. Logo, se a felicidade não é natural do seu ser, toda essa criação e essa vida que levamos está fadada ao fracasso, a desilusão e a tristeza.
Não sei quanto a vocês, mas eu não consigo sequer imaginar que toda essa beleza e inteligência que está presente na natureza, em nós mesmos (órgãos, cérebro, sentimentos, etc.), no mundo e no espaço existe em vão. Que tudo ocorre por um mero acaso e que não há saída, vamos nos decepcionar sempre, pois nossa felicidade não depende somente de nós. Por este simples motivo, fica claro que a felicidade não só emana de nós mesmos, como não poderia ser diferente disso. Esse é o equívoco básico! É isso que nos faz viver estressados, ansiosos, sempre na busca de algo que nos complete, que nos faça esquecer de nós mesmos, para que aí sim, possamos entrar em contato com nossa natureza essencial. Natureza essa, que da mesma forma como o mundo que nos cerca, é bonita, alegre, completa e permanente!!
Não tenho pretensão de aqui neste breve texto conseguir clarificar a parte central do ensinamento do Vedanta, que é provar logicamente que você é o Todo. Que sua essência é consciência e que a essência de toda a manifestação também é consciência. Que Brahman sustenta tanto o conhecedor (sujeito), o conhecido (objeto), quanto o conhecimento (o que conecta os dois anteriores). E que na verdade a minha essência é Brahman. Desta forma, eu entendo isso, não há motivo para buscar nada, nem tentar atingir nada, pois eu já sou o todo. E sendo o todo, ele inclui a felicidade, pois a felicidade é esse estado de paz interna, onde estou satisfeito comigo mesmo, assim como sou, com a vida que tenho. Felicidade é estar presente e desfrutar desta maravilha que é a manifestação, sempre buscando entender a situação de forma que lhe tragam crescimento interno, maturidade. Brahman é Sat (sem limitação de tempo), Cit (sem limitação de espaço) e Anantam (a própria essência da felicidade plena, pois uma vez sendo ilimitado, não há mais o que buscar, não há como melhorar, só há paz).
A mudança de visão aqui é de certa forma sutil, mas faz uma enorme diferença quando você realmente a entende. Pois após entender que eu sou Brahman, ao invés de só ficar feliz quando esqueço de mim mesmo (pois quando penso em mim, lembro de minhas limitações, de minhas buscas, etc.), passo a ficar feliz sempre. Pois sou feliz quando lembro de mim, pois sei que eu sou a própria essência da felicidade e também sou feliz quando esqueço de mim mesmo, pois nestes momentos, estou em plena harmonia com a criação, desfrutando dela plenamente.
Mas num último esforço de tentar deixar isso mais claro e de talvez criar uma curiosidade no leitor de saber um pouco mais sobre Vedanta, vamos colocar Isvara neste cenário. Isvara é todo-conhecimento, é o que seria o Deus mais comumente aceito. É aquele que tem todo-conhecimento e é responsável por tudo que ocorre aqui na manifestação. Uma boa forma de tornar sua vida mais leve e viver mais feliz é compreender que não o importa o que seja e o que você tenha feito, todas as glórias (e fracassos) da sua vida são na verdade glórias de Isvara. Para entender isso, pois nada no Vedanta é uma questão de fé e sim de entendimento, pense numa situação simples. Na verdade isso aconteceu comigo numa sexta-feira (meu último dia de trabalho antes das minhas férias) após o trabalho. Estou indo atravessar uma grande avenida no centro do Rio de Janeiro e estando com pressa, sai correndo para pegar o sinal ainda fechado para os carros. Quando desço da calçada (que é razoavelmente alta, uns 30cm) pisei a poucos centímetros de um bueiro sem tampa. Agora pense comigo, o que teria acontecido se ao invés de pisar a poucos centímetros pra fora eu tivesse pisado poucos centímetros pra dentro do bueiro? Como estava correndo, o mínimo que poderia acontecer é eu ter me ralado nastante e ficar todo dolorido. Mas sendo um bueiro e com a projeção pra frente eu poderia facilmente ter quebrado minha perna. E isso era no meu último dia de trabalho antes da tão esperada viagem para Índia. Não foi por minha causa, não foi consciente, que pisei naquele local e não me machuquei todo. Sim fui eu que resolvi sair correndo, pra pegar o sinal fechado, mas onde coloquei o pé não foi uma escolha consciente. E nessa eu poderia ou ter perdido ou pelo menos adiado a tão esperada viagem.
Esse é um caso banal, mas pare pra pensar e veja quantas variáveis estão envolvidas nos menores movimentos de nossas vidas. Na verdade só nos damos conta delas, quando algo ruim acontece, os chamados acidentes. Mas elas estão aí o tempo inteiro. Esqueça, não é você que é responsável pelo resultado de suas ações. Você é sim responsável por suas ações, por fazê-las da melhor forma para atingir o resultado esperado. Mas o resultado em si, depende de muitos outros fatores que não estão sob seu controle. E esses fatores podem ser decisivos. Apenas como outro exemplo. Você é um vendedor de software e vai a uma empresa que você sabe que precisa do seu software para oferecê-lo. Você faz a reunião, todos entendem e concordam que precisam dele, acham o preço justo e fica tudo acordado para a venda. Você sai do cliente confiante de que a venda será feita. Mas no dia seguinte você liga e eles dizem que resolveram comprar de um concorrente seu. Por quê? Por que uma das pessoas que estava na sua apresentação é prima de um vendedor do seu concorrente, ela entendeu a necessidade do software por que você explicou, ligou pro primo e fechou a venda.
Esses exemplos são simplistas e limitados como todo exemplo. Mas a idéia aqui é mostrar que a todo momento uma infinidade de variáveis que não estão sob seu controle estão atuando numa mesma situação, e nós no auge de nossa ignorância (e talvez até certa arrogância) achamos que nós somos responsáveis pelo resultado final. Não é verdade! O único responsável por qualquer resultado que venha para você é Isvara, que permitiu que as infinitas variáveis ali envolvidas, atuassem de forma que não te atrapalhassem. E o principal, ao aceitar que todo resultado é de Deus, que todas as glórias são Dele, que tudo que ocorre na sua vida é um presente de Deus, você conseqüentemente irá viver mais feliz. Pois o resultado sendo seu, você pode ficar ponderando sobre ele, achando que poderia ter sido melhor, se arrependendo ou se gabando disso. Além disso, enquanto você espera por algo, fica ansioso, nervoso. Não consegue ficar presente, fica só pensando no que está para acontecer, pois você realmente acha que é por sua causa que irá dar certo ou não. Já quando você entende que é tudo presente da Ordem, você relaxa, pois Isvara é perfeito. Não importa o resultado que venha, é o mais adequado que poderia ser. Não há questão de melhorá-lo. Sim você pode melhorar a suas ações para tentar que os resultados sejam melhores (o que você espera), mas sobre o resultado final em si, você não pode fazer nada. E aceitando isso, você relaxa e vive o presente. Não fica ansioso pelo que vem ou se arrependendo pelo passado, pois você sabe que os resultados foram e serão presentes de Isvara e desta forma, o mais adequado possível. E assim você aproveita o presente, que na verdade é a sua vida. O que existe se não o presente? O passado quando ocorreu era presente, e o futuro quando vier a ocorrer será no presente também. Por isso viva feliz agora. Não espere por nada, por resultado ou realização nenhuma. Pois você já é completo e já é feliz! Você só não sabia disso.
É importante deixar claro que o Vedanta não tenta dizer que a vida será um “mar de rosas” se você entender isso. Existem situações desagradáveis, dor. A perda de um ente querido, por exemplo, nunca será uma experiência agradável. O Vedanta nos ensina a lidar com elas. O ponto principal é que, tendo consciência de que a felicidade depende única e exclusivamente de mim, e não do resultado das minhas ações, eu consigo viver de forma mais objetiva, menos estressante e bem mais agradável. Pois desta forma, não projeto nos objetos, pessoas e situações a responsabilidade pela minha felicidade. Consigo lidar com eles com objetividade, como eles realmente são. E assim, consigo tomar decisões muito mais conscientes e de forma muito mais fácil. Se algo não acontece do jeito que eu queria, eu paro e penso o que posso fazer agora para mudar ou melhorar o resultado. Mas não fico me sentindo infeliz devido a esse resultado, nem fico me arrependendo pelo que aconteceu. Eu aceito tudo como um presente de Isvara e assim para de projetar minha felicidade no resultado de minhas ações.
Essencial e simplificadamente é assim que o Vedanta explica tudo: através do raciocínio lógico, te levando a enxergar pré-conceitos equivocados e te ajudando a viver a vida com objetividade, sem falsas projeções, sendo responsável por sua própria felicidade. Pois na verdade, você já é o que você procura!! Esse é o equívoco essencial.
(Este texto é baseado em conceitos básicos do Vedanta, que aprendi nas aulas com a Glória Arieiraji e com Pujya Swami Dayanandaji, porém com as minhas palavras. Logo, desculpem qualquer item que não fique claro, com certeza foi minha expressão que não foi
Pensar e criar ou Ser?
Seja e viva a essência, sua real natureza!
Outrora, não me era possível conceder nada além da mente. Seu oceano era sem praias e cada ilha que eu alcançava apareciam outras para serem investigadas. A meta jamais poderia ser alcançada por esse processo. Sei agora que não há limite para a atividade da mente, seja pelo bem, seja pelo mal.
O homem pode elevar sua mente, como o fazem os yogues, e realizar " milagres", como os santos de todas as religiões. A mente é um poder que , quando controlado e dirigido, adquire uma força e sutileza sem limites. Mas aparentemente, pois o poder da mente está baseado na idéia errônea de que haja um que pense e o objeto de pensamento. Esta é a velha mentira da dualidade, e seus fins não podem ser para o enobrecimento do instrumento.
O mundo é você
"Como é você assim é o mundo. Qual é a utilidade de tentar entender o mundo sem entender a si mesmo? Os buscadores da Verdade não precisam se preocupar com isso. As pessoas desperdiçam sua energia com essas perguntas desnecessárias. Primeiro descubra a Verdade por trás de você, e então você estará em uma posição melhor para entender a Verdade por trás do mundo do qual você é uma parte."
" A mente tem sua função na evolução do homem, mas essa função é limitada e pode agir somente até certo nível. Além desse ponto começa outro novo."
"Existe um Ser que governa o mundo e é Sua tarefa cuidar dele. Aquele que deu vida ao mundo também sabe como cuidar dele. Ele carrega o fardo do mundo, e não você."
*Ramana Maharish*
"Sujeito e objeto são o Eu Real, e isso é o coração."
Sua profundidade não é pelo que o homem leu ou ouviu no exterior, mas pelo que o homem revela em si mesmo.
domingo, 5 de junho de 2011
A respiração
A respiração é um indicador do estado emocional e mental. Quando as emoções estão agitadas, a mente estará agitada, e a respiração CERTAMENTE. Se a respiração acalmar, tudo o mais se acalmará.
Quando observamos nossa respiração, descobrimos que a nossa mente e o nosso corpo estão num contínuo estado de agitação e desconforto. Com o simples ato de observar a respiração, podemos sentir um relaxar da intensidade das causas, das imagens e refluxos dos nossos sofrimentos.
A prática desse contato consciente com a respiração, por si só, elimina as impurezas das emoções e da mente. Assim, cada vez mais, vamos sentindo um alívio e nossas pre-ocupações deixam de existir. O novo AR trás consigo novas visões, óticas, soluções.
A esse respeito, quando nos aprofundamos na investigação da verdade, verificamos que essa agitação e este desconforto estão presentes nos níveis mais sutis.
A observação da respiração é uma meditação universal, que se baseia na descoberta desta verdade: a de cada momento, tal como ele realmente é.
Ao respirar lenta e pausadamente procure observar, sem reação, seus sentimentos e pensamentos. Se você for dominado por alguma emoção muito forte ou sentir dores no corpo, tente apenas observá-las; permita a manifestação de acordo com as leis da natureza; assim como surgiram, desaparecerão; apenas observe com paciência e serenidade.
Ao compreendermos profundamente dentro de nós como o sofrimento é gerado, compreenderemos também como podemos eliminá-lo. Respirar é vida, é oxigênio entrando em nosso cérebro, em cada célula para nos dar energia, AR, inspirAção...
Observe a sua respiração, cada vez mais serena e tranquila, mais profunda e ritmada, sem criar reatividade, apenas observar, observar e observar...
Sinta-se confortável. Feche os olhos e tente observar sua respiração. Vá relaxando as partes do corpo que estiverem tensas, apenas observando a respiração e percebendo seu corpo, sensações e sentimentos.
Quando vierem os pensamentos, você provavelmente esquecerá da respiração. Não se preocupe, ela é instintiva e você não vai morrer, apenas desidentifique-se dos pensamentos e volte a observar a respiração, calma e serenamente. Pratique este exercício diariamente por 5, 10 ou até 15 minutos
.tirada do site www.docelimão.com.br.
O mistério do amor
O amor é verdadeiramente divino e misterioso; sua profundidade e sua altura são imensuráveis; quanto mais se pensa nele, mais gosto se adquire e maior ele fica.
Talvez, não querendo se apresentar diante dos homens Deus em seu lugar, enviou "amor" à terra e, através do seu estudo, estimulou os homens a compreender a Sua verdadeira imagem; ao mesmo tempo, fez com que ele se tornasse uma fonte de estudo para os homens.
O mistério do amor é a sensação da presença de uma força invisível.
Agora, vou contar-lhes uma história sobre o mistério do amor:
" Num passado remoto, havia um velhinho que não tinha filhos nem netos; vivia triste e solitariamente. No templo onde ele morava, longe da cidade, vez ou outra, as crianças da vila vinham brincar. O mais travesso se chamava Tarô. Ele tinha treze anos e morava com a irmã e o marido dela, pois perdera os pais ainda pequeno.
"Certo dia, quando Tarô brincava na escadaria de pedra do templo, três pardais pousaram próximos de onde ele brincava e começaram a conversar. O primeiro disse:
"A coisa mais maravilhosa deste mundo é o Sol. Como ele está sempre radiante no céu, nós conseguimos ver este mundo multicolorido, e as plantas e flores ficam muito felizes; o arrozal e o trigal crescem abundantemente e nós, pardais, recebemos, de graça, sua dádivas. Se o Sol se escondesse, este mundo se transformaria em trevas e nenhum ser conseguiria sobreviver. Nós pardais, somos sempre gratos ao Sol, por isto nunca matamos uns aos outros. Os homens, no entanto, são atrevidos e fazem o que bem entendem, porque o Sol está sempre raiando com um sorriso; brigam, praguejam, e alguns tolos até fazem guerras. Se continuarem assim, o Sol ficará desgostoso e talvez venha a se esconder".
" O segundo pardal, que estava ouvindo, começou a falar:
" Não, a coisa mais maravilhosa deste mundo é a água. Sem ela, nenhum ser consegue sobreviver. Se ficassem sem água por uma semana, mesmo os arbustos e relvas ressecariam. Sem água, nem o trigo, nem arroz vingariam, e nós morreríamos. Sem ela, mesmo os animais não conseguiriam sobreviver por mais de uma semana. Por tudo isso, a nossa vida é possível graças à água e é ela o que há de mais maravilhoso neste mundo. Nós, pardais, vivemos em solidariedade um com o outro porque temos gratidão à água, mas os homens ignorantes desprezam-na por ser gratuita e trabalham arduamente para comprar coisas fúteis como diamantes e jóias. Nós, pardais, estamos satisfeitos da forma como Deus nos pôs no mundo, e somos gratos pelo que temos; mas vejam os homens: estão quebrando a cabeça em busca de artifícios para impressionar os outros. Cada qual quer ser mais importante que o outro, mais rico que o outro. Tudo isso é uma piada!"
" A seguir, o terceiro pardal abriu o bico vagarosamente e começou a falar:
" De fato, como vocês disseram, tanto o Sol quanto a água são maravilhosos. Parece-me que as coisas mais valiosas deste mundo são aquelas cuja existência é considerada por todos como óbvia e que, por esse motivo, ninguém reconhece o quanto é bom tê-las. Entretanto, a despeito de não o percebemos, o que eu acho mais maravilhoso neste mundo é o ar. Mesmo que o Sol desapareça, mesmo que a água se esgote, ainda assim, poderíamos viver por alguns dias. Porém, se acabasse o ar, morreríamos em menos de um minuto. Só conseguimos perceber a sua importância quando alguém comenta a seu respeito; normalmente, é muito difícil reconhecer o quanto ele é importante. Contudo, nós, pardais, quando voamos no céu, inspiramos o ar e enchemos o peito, e somos-lhe grato. Mesmo os peixes, quando sentem falta de ar, vêm à superfície, respiram e agradecem. Em compensação, vejam os homens! Como são arrogantes?]! Voam pelo céu de avião e acreditam ser fruto da sua sabedoria. Na verdade o vôo é possível graças ao ar. O ar nada exige em troca. Nós lhe somos gratos, mas nunca os vi agradecer'.
" Quando Tarô ouviu essa conversa entre os pardais, ficou muito triste e pensou: ' Eu aprendi que o homem era o rei de todos os seres, mas nunca ninguém havia me dito o que acabei de ouvir dos pardais. Nunca tinha sentido a importância do Sol, da água e do ar, muito menos de ser grato. Como o homem é um ser ignorante e tolo! Somos inferiores aos pardais!'
"Tarô subiu correndo a escadaria de pedra. Os pardais voaram assustados e desapareceram do local. Apressado, ele foi procurar o velhinho do templo, contou-lhe o que acabara de ouvir e disse, chorando:
"Se o homem é tão ignorante assim, eu não deveria ter nascido homem, mas sim pardal!'
"O velhinho respondeu:
"Muito bem, Tarô, parabéns pela percepção. O homem é de fato, um ser ignorante que perdeu de vista as coisas mais maravilhosas da vida. Mesmo sendo um ser ignorante, esse pecado é perdoado por vivermos amando-nos mutuamente. O homem é feio. Porém, por mais que olhe a sua feiúra ela não desaparecerá. Deus deu a força mágica do amor para perdoar os pecados do homem e apagar sua feiúra. E, porque o homem tem amor, e graças à força misteriosa e divina do amor, foi-lhe concedida a posição de rei de todos os seres".
* Ryuro Okawa*
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quarta-feira, 1 de junho de 2011
A Força do Amor
No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.
O amor, dentre tudo que conheço, é a maior força da terra e também do mundo multidimensional acima da quarta dimensão, o mundo Real após a morte. Além disso, quanto mais elevada for a dimensão, maior é a força do amor, pois ele é a força de união. A segregação reduz as forças das partes, mas a união duplica ou triplica as forças individuais. Portanto, não há inimigo para o amor; não há inimigo capaz de interceptar o seu avanço.
Amor é um tanque de guerra que sobe a colina, desce o abismo, atravessa o rio, transpassa o lago, não se dá conta da fortaleza do mal e avança.
Amor é luz que ilumina as noites de trevas, o passado, o presente e o futuro, a luz que ilumina o Céu, a terra e o coração das pessoas; a luz que elimina o mal deste mundo com ternura infinita e envolve qualquer tristeza com carinho infinito.
Amor é vida. Todos vivem tendo o amor como alimento, como força, como chama da vida, ou seja, ele é tudo.
Sem amor não há vida, não há morte, não há caminho nem esperança. Amor é tudo, é alimento e vida.
Amor é entusiasmo. O entusiasmo é a força da juventude, é a confiança quanto às possibilidades infinitas. Dentro dessa energia efervecente, existe algo verdadeiro, existe a inesgotável palpitação da vida. Amor é coragem, Sem ele, o homem não se encoraja, não é capaz de enfrentar a morte. É a tocha que acende o estopim da Verdade, é uma flecha lançada contra a ilusão.
Amor é juramento, as pessoas convivem, conversam e caminham juntas em seu nome. Se não houvesse esse laço as pessoas viveriam sem rumo, somente a espera do entardecer.
Amor são as palavras. Sem palavras não há amor, sem amor não há palavras. Amor são palavras positivas, pensamentos positivos, boas vibrações e boas melodias. Deus criou o mundo através de palavras; amor cria o homem através delas.
Amor é harmonia. Graças a ele, os homens se confraternizam, se perdoam, se nutrem e constroem um mundo maravilhoso. No círculo do amor, não há ira, inveja, ciúme nem ódio. nele só há grande harmonia, e todos vivem nutrindo-se mutuamente.
Amor é alegria. Sem ele não há verdadeira alegria, não há real felicidade, e essa real felicidade já é sua e está aqui e agora, você é em essência essa pura felicidade, é só uma questão de compreensão, lembrar de quem é o fazedor da ação, a simples e eterna consciência, essa expressão de amor de Deus é a magia que varre a tristeza da terra. Amor é alegria que por sua vez, gera mais amor, e este, ainda mais alegria.
Portanto, ele é um círculo, é uma recirculação.
Amor é progresso. Uma unidade de amor gera uma unidade de progresso. Uma unidade de luz. Os dias repletos de amor, Deus estará presente, incontáveis espíritos santos estarão presentes; onde há amor, não há retrocesso, não há medo. Para o amor só há progresso, só há ascensão. Amor significa simplesmente voar rumo a Deus.
Amor é eterno. Ele está no passado, no presente e no futuro.
Dentro do tempo, não há um instante sequer em que ele esteja ausente. Ao longo de todas as épocas, não há pessoas que não o tenha dentro de si. Amor é um par de asas douradas que transpassam os tempos, é o Pégaso que percorre o longínquo céu. É prova de se estar vivendo o tempo eterno, é o caçador que captura o eterno agora.
E finalmente, o amor é oração. Sem amor não há oração, sem oração não há amor. Ele ganha mais força de ação através da oração. É capaz de concretizar tudo através da oração. Esta força que eleva o amor, é a fórmula secreta que o aprofunda. O amor se concretiza através da oração a Deus, se realiza através dela.
Deus é amor, e o amor é Deus. A força que o transforma em Deus é a oração. Através dela o homem vive e conhece o Senhor. Assim por intermédio da oração o homem é capaz de explorar toda força do amor.
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